segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Haja mp3...

A melhor coisa de sair para viajar é ter o "dever" de destruir tudo o que sobra na geladeira. Acabei de destruir um macarrão (como não usei o tempero, não defino como "miojo") nadando em um molho te tomate que incluiu 5 fatias de queijo e 5 de presunto... *burp*

Amanhã estou indo para Belo Horizonte cumprir os deveres do mestrado. Dessa vez não tem concurso em cima da data (maldições, uma questão, uuumaaa questãããooo!!!!), então vou de busão mesmo, já que até agora estou pagando a passagem de avião da outra vez. Faz um tempinho que não faço uma viagem longa de ônibus. Desde que voltei de BH em 1 de dezembro passado, na verdade.

Pretendo voltar no final da próxima semana. Se eu voltar sexta, o esquema é ir direto para Blumenau e encarar uma Oktober praticamente virado no sábado. Mas vamos ver ainda, o bom de voltar de busão é não ter tanto compromisso com a volta.

Um dos compromissos lá é o seminário de andamento das teses e dissertações. Curiosos para saber como anda meu trabalho? Não, é claro. Mesmo assim fica aí o resumo entregue para o seminário, para vocês darem uma espiada. Se parecer pretensioso demais... Bem, é! Mas conforme eu for vendo que não tenho tanta base teórica como deveria em alguns pontos, vou baixando a bola...


CONSERVAR POR QUÊ? - DISCUTINDO AS MOTIVAÇÕES E OBJETIVOS DA IDEOLOGIA AMBIENTALISTA

A conservação ambiental é tema de crescente interesse nas últimas décadas, com a ascensão do ambientalismo moderno como força político-social. Entretanto, uma atenção menor tem sido dada aos argumentos pelos quais a ideologia ambientalista é embasada. Neste trabalho, analisamos o discurso ambientalista e seus argumentos mais usuais, testando sua coerência e validade de um ponto de vista concreto e objetivo. Os setores sociais diferem em seus argumentos, com o ambientalismo político sendo marcadamente antropocêntrico e utilitarista, enquanto o ambientalismo social organizado possui tendências biocêntricas e ecocêntricas. Em ambos os casos, os "porquês" do ambientalismo são vagamente formulados e pouco desenvolvidos. Na discussão acadêmica, predominam artigos sociológicos, com inexpressiva contribuição das ciências naturais, sendo reduzida a discussão sobre bases filosóficas. Há uma clara necessidade de se explorar com mais profundidade o assunto. Os argumentos ambientalistas podem ser, do ponto de vista da relação homem-natureza, divididos em internos e externos à espécie humana. Os argumentos internos apresentam uma coerência e objetividade maior que os externos, que necessitam de uma grande dose de subjetividade para sua aceitação. A subjetividade é considerada prejudicial para embasar o ambientalismo de larga escala. Portanto os argumentos internos, além de serem os mais coerentes, são os mais eficientes para um ambientalismo global. Uma proposta de argumentação objetiva é apresentada no trabalho, em que a conservação ambiental é importante apenas para a sobrevivência humana, porém levando em conta a complexidade das interações entre elementos bióticos e abióticos do planeta.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Novas confusões pela frente...

Os fazedores de prova de concurso deve estar dando pulos de alegria agora. Com o novo acordo internacional sobre a lingua portuguesa, uma sére de coisas significativas (e algumas nem tanto), vão mudar. Se resolveram tornar a língua mais simples e coerente? Ha! Jura! Muitas modificações merecem com louvor o adjetivo de "portuguesas". Há uma possível influência aí da maligna Sociedade Secreta dos Cursinhos, como vocês verão...

Primeiro, a parte boa. Não existe mais trema. Não que mude muito para mim. A última trema que eu escrevi deve ter sido no vestibular (ou foi exatamente isso que me tirou vários pontos em redação). O K-Y (junto com o W, claro) foi oficializado. Serão usados em expressões estrangeiras e seus derivados. Não sei qual era para ser a silga "oficial" de quilômetro antes, mas agora todos podem escrever "km" de boa.

Mas na parte dos acentos a coisa começa a ficar feia. Teoricamente, não existe mais acento agudo em ditongos abertos. Então "assembléia", "platéia" e "idéia" viram "assembleia", "plateia" e "ideia". Fora o estranhamento inicial, nada de mal. As línguas anglo-saxônicas mostram para a gente como dá para viver bem sem nenhum acento. Mas vocês acham que o português ficaria satisfeito com uma regra simples? Nãããão! Quando as palavras forem oxítonas ou monossílabas (herói, dói), o acento permanece! E a regra só vale para os ditongos "ei" e "oi", o "eu" segue acentuado (chapéu, véu, céu).

E o acento diferencial foi para o espaço também. Então pára (de parar) e pêlo viram para e pelo. Contexto é tudo e não era necessário um acento fora das regras para diferenciá-los mesmo. PORÉM... O verbo "pôr" ainda mantém o acento diferencial para diferenciar da preposição "por". E a mais vital de todas as regras: a terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo de "pôr" continua mantendo o acento: "pôde" (concursistas, abram o olho). As outras não precisam de acento, o ontexto basta. Mas para "pôr", precisa. Vai entender...

Outras regras falam que os hiatos "oo" e "ee" não são mais acentuados (como enjôo, vêem). Aparentemente tais regras não possuem exeções, como manter o acento quando o tempo está encoberto ou serem escritas com til todas as terceiras quartas-feiras de abril (em anos pares).

Agora, se vocês acham que isso é confuso, se preparem para as novas regras de hifenização. Daí começa a putaria generalizada. Não se usa mais hífen em palavras compostas onde a segunda palavra termina com "r" ou "s", deve-se dobrar a letra (contra-regra = contrarregra). Também não se usa quando a primeira termina e a segunda começam com vogal (auto-ajuda = autoajuda).

PORÉM... Quando a primeira palavra termina e a segunda começa com a mesma letra, se usa o hífen. Inter-racial não vira interracial. Anti-inflamatório não vira antiinflamatório. E se a palavra seguinte começa com "h", também não se hifeniza (anti-herói não vira antiherói ou quem sabe antierói - ok, essa última seria bem feia). E o prefixo "co" também não se hifeniza, mesmo quando a segunda palavra começa com "co". Então nada de co-operação ou co-ordenação.

Em seguida há uma lista de mais umas dezenove mil regras e exceções de quando aparece hífen e quando não aparece, as quais eu só vou tentar entender se for realizar um concurso a partir do ano que vem (e então saber por que "o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica").

Ok, eu sei que uma língua não deve ser algo lógico. É uma construção cultural com influências sociais e históricas. e que neste caso a intenção é padronizar a língua entre os diversos países do mundo que a usam. Mas pelo jeito continuamos com a mesma língua de sempre: para toda regra, uma série de exceções e remendos que não fazem sentido algum (parece até as nossas leis). Continuaremos vivendo na terra sem lei, sendo julgados em vestibulares e concursos públicos não por nossa capacidade de comunicar, mas por nossa capacidade de pagar um cursinho e / ou decorar todas as babaquices da língua. Tomara que o inglês vire logo língua mundial mesmo, pois, embora tenha várias incoerências também (principalmente na pronúncia), não é assim tão... como direi... "português"!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sempre em frente, nunca recuar

Não é bem a BBC, mas não deixa de ser uma evolução. Depois de uma chamada rápida naquele jornaleco da TVBV (passou na quinta feira daquela semana), temos agora uma entrevista ao vivo agendada para um programa da TVCOM (rede a cabo de alcance estadual), sexta feira agora, 20:30. Horário nobre e tudo, com a possível participação dos cinco duelistas. E quinta agora vai ter mais uma entrevista para um canal local de Balneário Camboriú. É, a brincadeira está rendendo... Espero que essa divulgação toda resulte em mais leitores fiéis, votantes e comentantes!


Mas como não é o Duelo que paga minhas contas, a dissertação segue tomando forma. Escrevi umas 30 páginas até agora. Pode parecer pouco, mas como estou escrevendo bem por cima ainda, é muito conteúdo condensado. Cada parágrafo que escrevo penso que daria para se tornar um capítulo. Talvez eu esteja querendo mexer com coisa de mais colocando empenho de menos nisso. Mas algumas coisas que o pessoal considera tão complicado me parecem tão simples... Bom, vamos ver qual é.

O que percebo é que estou trabalhando dentro de um paradigma completamente diferente dos existentes. O meu relativismo moral chega a me assustar às vezes. Mas é impressionante como ele consegue simplificar coisas que parecem tão complicadas às vezes. E - só para ficar no chavão literário da dicotomia - como ele complica aquilo que é parece simples... Sim, eu escrevi 17 linhas sobre por que ficar vivo é um bom argumento para manter o mundo inteiro. E podia escrever muito mais...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Duelo na TV II

Uma reportagem sobre o Duelo de Escritores com este que vos fala deve passar na TV Barriga Verde (Band local) hoje ou amanhã, 12:50. Se o repórter decidir não cortar o nerd cabeludo enrolado, devemos ganhar uma chamada rápida.

Depois de Fábio e Marina na TV Furb, chegou minha vez. A próxima será Rodrigo e Thiago para a BBC.

Assuntos duelísticos à parte... As pessoas não respeitam mais as relíquias do passado. O weblogger decidiu encerrar os serviços e passar um trator nas ruínas do antigo Santuário. Ok, eles avisaram um tempo antes, eu que não me mexi para salvar os textos. Pena. Mas a maioria dos textos "de verdade" eu tenho salvos (sabe, daquele tempo em que eu realmente fazia do blog um local de textos, e não de blábláblá).


E agora, só blábláblá.

Ê, essa vida...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Um dia após o outro

Um dia após o outro, aparentemente indo de nada a lugar algum... Ando tão sem vontade de fazer as coisas... há uns, deixe-me ver, dois anos?

Ah, sim, tenho meu trabalho do mestrado. Eu deveria me empolgar muito com ele, não é? É o tema com o qual eu mais gostaria de estar lidando. Isso ainda não tinha acontecido. Mas agora que comecei a escrever, no escuro mesmo, sem ter lido tudo o que devia... Dá uma melhorada.

Perspectivas para ano que vem... Alguma?

Um ano após o outro, talvez...

"Sweet depression... come take me to the land of suicide
Bitter life... Go away in peace and let me die..."


(na verdade, eu acho que só preciso que o tempo volte a esquentar...)